Proteção cardiovascular
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- Categoria: o vinho e a saúde
Há, realmente, base científica comprovando que o consumo moderado de vinho faz bem ao coração?
Um artigo científico elaborado por pesquisadores da Divisão de Cirurgia Cardíaca do Hospital Geral de Toronto, publicado pela American Heart Association ajuda a gente a entender mais sobre o assunto.
Esses pesquisadores examinaram a vasta literatura científica disponível sobre o tema, escrita a partir de mais de 50 diferentes estudos epidemiológicos e biológicos já realizados.
Veja onde eles chegaram:
O consumo moderado de álcool diminui em aproximadamente 20% o risco de doença cardíaca coronária.
O consumo moderado de álcool pode beneficiar tanto adultos aparentemente saudáveis, como pacientes com histórico de ataque cardíaco e também pacientes com diabetes. Se quiser ler mais sobre vinho e diabetes, clique aqui.
Analisando apenas pessoas do sexo masculino sem histórico de ataque cardíaco ou diabetes, a redução no risco de doença cardíaca, mediante o consumo moderado de álcool, pode chegar até a 32%, conforme um estudo que analisou 38.077 homens ao longo de 12 anos.
Quem consome álcool moderadamente têm 20% menos risco de acidente vascular cerebral, causado pela formação de coágulos sanguíneos em artérias.
E, dentre todas as bebidas alcoólicas, o vinho tinto é a bebida que confere mais benefícios à saúde.
Essa é uma conclusão que apareceu, pela primeira vez, em um estudo chamado Copenhagen City Heart Study, no qual foram observadas 13.285 pessoas ao longo de 12 anos, e no qual concluiu-se que quem bebia vinho tinto tinha metade do risco de morrer de doença cardíaca coronária ou de acidente vascular cerebral do que os abstêmios, e que o risco era menor inclusive quando comparado aos bebedores de cerveja ou destilados.
Outros 13 estudos analisados, envolvendo um total de 209.418 participantes, reforçam essa tese.
Enquanto o risco de doença aterosclerótica diminui 22% em bebedores de cerveja, a redução do mesmo risco é de 32% em bebedores de vinho tinto, afirmam os cientistas.
Essa vantagem do vinho tinto sobre outras bebidas alcoólicas pode ser explicada por fatores de estilo de vida dos apreciadores da bebida, mas também pela composição química do vinho tinto, em si.
Uma série de estudos científicos sugere que os compostos polifenólicos do vinho tinto, como os flavonoides e o resveratrol, ajudam a limitar o início e a progressão de aterosclerose.
Além do efeito vasodilatador do álcool sobre os vasos sanguíneos, essas substâncias presentes no vinho tinto possuem propriedades antioxidantes que dificultam a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos, e propriedades anticoagulantes que diminuem a aglutinação de plaquetas.
O consumo regular e moderado de álcool aumenta os níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL), ou o colesterol “bom”, em cerca de 12%, reduzindo por sua vez, o nível de lipoproteína de baixa densidade (LDL), ou seja, o “mal” colesterol.
Essas são informações muito preciosas, porque a aterosclerose, a insuficiência cardíaca e o acidente vascular cerebral estão entre as principais causas de mortalidade no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.
Mesmo assim, é importante ressaltar que nem todos podem se beneficiar do consumo regular e moderado de vinho tinto, e que a melhor pessoa para avaliar o seu caso é sempre o seu médico!
O brinde de hoje? À nossa saúde!
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